Primeiramente comecei com a colocação de gesso nos cômodos da casa e, no primeiro dia de trabalho do moço que foi colocar o gesso já recebi reclamações de sujeira, barulho, etc.
É interessante notar que obra traz transtorno. Fixe esta frase em sua mente.
Se uma obra não trouxer transtorno então obra nenhuma está sendo feita ou está parada ( e mesmo parada incomoda um pouco). Isto parece muito óbvio, entretanto é necessário notarmos o significado disto. A questão é : Obra exige sacrifício.
Porém note que onde está sendo quebrado e trabalhado será o lugar ideal no futuro.
Por exemplo: Estou reformando o banheiro do apartamento. Muitos barulhos, sujeira, pessoas incomodadas etc.
Quando a obra estiver pronta, o banheiro ficará lindo e utilizável.
Por que tantas reclamações? Será que as pessoas não poderiam suportar três ou seis dias de barulhos/sujeira?
Afinal, são 3/6 dias dos 365 dias do ano, não é o ano todo.
O que acontece é que ficar acomodado é muito melhor e mais fácil do que ter que suportar mudanças.
Enfim, muitos preferem resistir à mudança, mas não raciocinam que se está tendo a necessidade de mudança é porque algo está errado ou inadequado.
Veja o que está escrito em Ed 1:1-6:
1:2 Assim diz Ciro, rei da Pérsia: O SENHOR Deus dos céus me deu todos os reinos da terra, e me encarregou de lhe edificar uma casa em Jerusalém, que está em Judá.
1:3 Quem há entre vós, de todo o seu povo, seja seu Deus com ele, e suba a Jerusalém, que está em Judá, e edifique a casa do SENHOR Deus de Israel (ele é o Deus) que está em Jerusalém.
1:4 E todo aquele que ficar atrás em algum lugar em que andar peregrinando, os homens do seu lugar o ajudarão com prata, com ouro, com bens, e com gados, além das dádivas voluntárias para a casa de Deus, que está em Jerusalém.
1:5 Então se levantaram os chefes dos pais de Judá e Benjamim, e os sacerdotes e os levitas, com todos aqueles cujo espírito Deus despertou, para subirem a edificar a casa do SENHOR, que está em Jerusalém.
1:6 E todos os que habitavam nos arredores lhes firmaram as mãos com vasos de prata, com ouro, com bens e com gado, e com coisas preciosas; além de tudo o que voluntariamente se deu.
Conforme o cumprimento da profecia de Jeremias (Jr 25.11; 29.10), o povo de Israel ficou sobre o domínio do Império Babilônico durante 70 anos. O rei Ciro foi então usado por Deus, cumprindo a profecia de Isaias (Is 44.28; 45.6), para libertar os povo de Israel para que pudessem voltar a sua terra reconstruir o tempo e restaurar sua nação.Além disso, Ciro ainda ordenou que no versiculo 1:4 que os habitantes da terra por onde passsassem iriam fornecer o que fosse preciso.
Porém vemos que no versículo cinco, somente duas tribos (Judá e Benjamin) responderam a proclamação do rei Ciro e quiseram voltar para sua terra. As outras dez tribos do Reino do Norte haviam sido tão divididas e dispersas pela Assíria e havia decorrido tanto tempo desde o seu cativeiro, que muitos podem ter-se sentido inseguros quanto à sua verdadeira herança a acabaram se mostrando pouco dispostos a compartilhar a visão de reconstruir o Templo.
Retornar a Jerusalém significava desistir de tudo o que tinham e começar tudo novamente. Muitos judeus exilados não conseguiram fazer isso; eles preferiam a riqueza e a segurança que ao sacrifico que a obra de Deus exigia.( Bliblia AP.Pessoal. Nota de Ed 1.5,6, p.645).
Da mesma forma é a obra do Senhor em nossa dúvida!
Quero dizer que da mesma maneira que uma obra de uma construção civil traz tantos transtornos, a obra do Senhor também traz. Tais transtornos além de doer as vezes, nos incomodam e incomodam ainda mais aos que estão a nossa volta.
Como o pedreiro que tira o velho azulejo, o Senhor lapida nosso caráter. Assim como o azulejo racha, nossa estrutura é também abalada por Deus para que possamos ser verdadeiros Filhos de Deus andando na sua vontade.
Note que quando falamos de Jesus e testemunhamos boas obras, as pessoas nos julgam, as vezes falam que estamos “nos fazendo de santos para sermos notados”, enfim, somos apedrejados.
O importante é não perder a visão, as dez tribos de Israel haviam perdido a visão de reconstruir o Templo, aliançar-se com Deus novamente e se arrependerem completamente.
Agora quero entrar na questão da valorização das mínimas coisas.
No mês passado a torneira do banheiro do meu quarto estragou, foi água para todo lado. Mesmo tendo mais quatro banheiros na casa, sinto que algo está errado, incompleto.
Muitas vezes esta mínima torneira quebrada é um perdão em nossas vidas que precisa liberado e enquanto não liberamos tal perdão nos sentimos incomodado.
Note que está torneira em comparação com toda a casa é relativamente uma coisa "pequeniníssima", entretanto o fato dela estar estragada inibe a plenitude do bem estar da casa.
Da mesma forma não podemos subestimar os “pequenos” na casa de Deus ou em qualquer outro lugar, independente de seu papel ou cargo, sua ausência será (ou deve ser) percebida por todo o corpo de Cristo. Muitos de nós não damos a devida atenção quando um irmão está mal/agoniado/triste. Por mais que dez estejam bem, se um não estiver os outros nove devem se preocupar e fortalecer o que está mal.
Não é errado ou vergonha ficar triste ou as vezes agoniado e assumir sua fraqueza. O próprio Jesus estando em agonia antes de ser crucificado, chorou e seu suor se tornou sangue (Lc 22.44).
Perceba que por mais excepcional que uma casa seja, um dia ele terá que alguma reforma ou conserto. Quero dizer com isso que não podemos achar que somos bons de mais porque já estamos servindo a Deus durante XY anos e conhecemos sua Palavra de trás pra frente. O único que não falha é o Senhor!
A verdade é que sempre estamos em obras. Precisamos estar em obras, precisamos de reformas e o reformador tem que ser o Espírito Santo.
Reflita: Assim como Israel na Babilônia, será que nós, HOJE, não estamos precisando restabelecer o tempo de Deus em nossas vidas?
Sem a restauração do Templo, Israel não seria reconstituída como nação.
Pense nisso.
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